Durante o velório de Cid Moreira, realizado na sexta-feira (4) no Rio de Janeiro, sua esposa, Fátima Sampaio, compartilhou um desejo do jornalista: ele queria destinar parte de sua herança a uma organização cristã humanitária. Em entrevista ao programa “Encontro com Patrícia Poeta”, Fátima revelou que Cid solicitou que os rendimentos da gravação da Bíblia fossem direcionados à ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), ligada à Igreja Adventista do Sétimo Dia, e que atua em auxílio a crianças em situação de vulnerabilidade. “Ele queria retribuir o carinho que recebeu ao gravar o projeto da Bíblia”, explicou Fátima.
Além disso, Fátima contou que, pouco antes de falecer, Cid firmou um contrato com uma empresa de inteligência artificial, que garantirá que sua voz continue a narrar a Bíblia em diversas línguas. “A voz dele será eternizada em outros idiomas, um legado que ele deixou”, disse ela.
Cid Moreira faleceu na quinta-feira (3), aos 97 anos, em Petrópolis, onde estava internado devido a complicações de uma pneumonia. Sua morte encerra uma carreira marcante, iniciada no rádio e consolidada como apresentador do Jornal Nacional, cargo que ocupou por mais de 25 anos. Cid se destacou pela gravação da Bíblia em áudio, um projeto que lhe trouxe grande realização pessoal e espiritual.
O jornalista aceitou Jesus aos 72 anos, experiência que transformou sua vida. Em uma entrevista de 2016, ele revelou que a paixão por compartilhar o Evangelho surgiu quando foi convidado a gravar Salmos para uma gravadora. Desde então, ele nunca mais parou de narrar passagens bíblicas, tendo vendido mais de 30 milhões de cópias de seus álbuns com textos sagrados.
O velório foi marcado pela presença de amigos, familiares e fãs. O corpo de Cid será enterrado em Taubaté, sua cidade natal, conforme seu desejo. Mesmo após sua morte, seu trabalho com a Palavra de Deus e seu compromisso com a fé cristã seguirão inspirando muitas pessoas.
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